AUTOR: Douglas Adams
EDITORA: Arqueiro
PÁGINAS: 827 (160 + 173 + 160 + 142 + 192)
SINOPSE: A Terra foi destruída. Arthur Dent perdera seu planeta de forma muito semelhante à que perdeu sua casa, minutos antes: Para a construção de uma via expressa. Por questão de segundos não perdeu também a vida, que foi salva por seu melhor amigo, Ford Prefect, que há pouco se revelara um alienígena de Betelgeuse. Mas não entre em pânico, esse é apenas o início da jornada de Arthur através da imensidão do universo. Ao lado de seu amigo-alien-que-aliás-também-trabalha-pro-tal-guia; Zaphod Beeblebrox, o presidente da galáxia; Trillian, que Arthur já conhecera mas, da maneira mais improvável possível, reencontrou; e Marvin, o Androide Paranoide; ele vai tentar descobrir a resposta para a Vida, o Universo e Tudo Mais; e, após isso, procurar também pela pergunta.
Adams é um gênio. Acho que no final das contas essa conclusão se torna evidente. Mas não comece o livro com esse pensamento, porque eu cometi esse erro. Adams criou uma história incrível, inserindo elementos fantásticos à uma pesquisa profundamente científica e tornando tudo ainda mais interessante com uma crítica ferrenha aos pensamentos coletivos, à burocracia e à política. Mas, embora o prefácio escrito por Bradley Trevor Greive incentive isso, não inicie a leitura com expectativas altas.
O primeiro livro, apesar de apresentar o enredo, não tira muito tempo para descrições de personagens e ambientes, mas faz isso enquanto a história segue, o que, na minha opinião, é bastante difícil, e apesar de Douglas Adams conseguir fazer isso com maestria, ainda pude sentir que os personagens poderiam ter sido melhor trabalhados (eles se tornam inesquecíveis ao longo dos livros, mas num primeiro momento eles não são tão atraentes quanto poderiam ser).
Nos primeiros dois livros eu senti falta de um protagonista, a história parecia girar entorno de Arthur Dent, que afinal era o terráqueo (embora Trillian também fosse...), mas Zaphod Beeblebrox era tão mais interessante que antes da metade do segundo livro eu já o estava tomando como personagem favorito. Há também um certo fato a respeito dele que, no decorrer do segundo livro, faz a história se desenrolar, o que quase faz deste o melhor livro da trilogia de cinco, não fosse o último volume.
A forma como a resposta essencial para a Vida, o Universo e Tudo Mais é obtida é simplesmente extraordinária: Eles descobrem que a tão desejada resposta (e isso não é spoiler) é 42, mas, ao estranhá-la, percebem como não sabiam nem mesmo qual era a pergunta essencial; o que eu interpretei como uma crítica à sociedade como um todo, que sempre busca respostas, mas nem sequer sabem o que perguntar.
Adams também satiriza a política e a religião com trechos curtos, mas ricos em conteúdo. Como o fato de Zaphod ser o presidente da galáxia, um cargo de ilusória importância, cujo ocupante só deve ser extravagante o suficiente para desviar a atenção do verdadeiro poder. Mas deixando um pouco de lado as críticas e ironias que recheiam o livro, quero destacar o que, pra mim, foi talvez o invento mais genial da literatura mundial: O Gerador de Improbabilidade Infinita.
Como destaquei na sinopse acima, Trillian e Arthur se reencontram da maneira mais improvável possível, ainda no primeiro livro, o que só foi possível porque a nave em que ela estava, a Coração de Ouro, era movida por essa tecnologia. O gerador calcula o quão improvável um determinado acontecimento é, e a partir disso, ele o faz acontecer. No caso do reencontro, Arthur e Ford foram soltos em pleno espaço, com apenas 30 segundos de vida. No 29º segundo, eles foram salvos pela Coração de Ouro, que estava em outro ponto do universo infinito, sob uma probabilidade de uma em dois elevado a 276.709. Número este que, aliás, era o telefone do apartamento de Trillian.
Foram poucos os pontos negativos que pude reparar no decorrer da história, mas o terceiro livro contribuiu e muito para que uma das vitrolas fossem apagadas na nota da série. A dica que me sinto obrigado a dar para quem se interessou a ler os cinco volumes é: Não desistam no terceiro. Apesar desse e do próximo serem um pouco chatos, o quinto livro retoma de maneira surpreendente o entusiasmo dos dois primeiros livros, e se faz superior a ambos. O Guia do Mochileiro das Galáxias é incrível, viciante e, de quebra, tem um dos finais mais fantásticos e corajosos de todos os tempos.
Nos primeiros dois livros eu senti falta de um protagonista, a história parecia girar entorno de Arthur Dent, que afinal era o terráqueo (embora Trillian também fosse...), mas Zaphod Beeblebrox era tão mais interessante que antes da metade do segundo livro eu já o estava tomando como personagem favorito. Há também um certo fato a respeito dele que, no decorrer do segundo livro, faz a história se desenrolar, o que quase faz deste o melhor livro da trilogia de cinco, não fosse o último volume.
A forma como a resposta essencial para a Vida, o Universo e Tudo Mais é obtida é simplesmente extraordinária: Eles descobrem que a tão desejada resposta (e isso não é spoiler) é 42, mas, ao estranhá-la, percebem como não sabiam nem mesmo qual era a pergunta essencial; o que eu interpretei como uma crítica à sociedade como um todo, que sempre busca respostas, mas nem sequer sabem o que perguntar.
Adams também satiriza a política e a religião com trechos curtos, mas ricos em conteúdo. Como o fato de Zaphod ser o presidente da galáxia, um cargo de ilusória importância, cujo ocupante só deve ser extravagante o suficiente para desviar a atenção do verdadeiro poder. Mas deixando um pouco de lado as críticas e ironias que recheiam o livro, quero destacar o que, pra mim, foi talvez o invento mais genial da literatura mundial: O Gerador de Improbabilidade Infinita.
Como destaquei na sinopse acima, Trillian e Arthur se reencontram da maneira mais improvável possível, ainda no primeiro livro, o que só foi possível porque a nave em que ela estava, a Coração de Ouro, era movida por essa tecnologia. O gerador calcula o quão improvável um determinado acontecimento é, e a partir disso, ele o faz acontecer. No caso do reencontro, Arthur e Ford foram soltos em pleno espaço, com apenas 30 segundos de vida. No 29º segundo, eles foram salvos pela Coração de Ouro, que estava em outro ponto do universo infinito, sob uma probabilidade de uma em dois elevado a 276.709. Número este que, aliás, era o telefone do apartamento de Trillian.
Foram poucos os pontos negativos que pude reparar no decorrer da história, mas o terceiro livro contribuiu e muito para que uma das vitrolas fossem apagadas na nota da série. A dica que me sinto obrigado a dar para quem se interessou a ler os cinco volumes é: Não desistam no terceiro. Apesar desse e do próximo serem um pouco chatos, o quinto livro retoma de maneira surpreendente o entusiasmo dos dois primeiros livros, e se faz superior a ambos. O Guia do Mochileiro das Galáxias é incrível, viciante e, de quebra, tem um dos finais mais fantásticos e corajosos de todos os tempos.
Adorei sua resenha! O Guia do Mochileiro das Galáxias é um dos meu favoritos! No meu caso eu demorei bastante para ler o 4º livro, não o terceiro. Mas, enfim, terminei e continuo gostando da história! Douglas Adams é um gênio e está entre os meus autores favoritos *u* Mas, só o conheci quando ganhei meu primeiro exemplar dele e foi justamente o Guia do Mochileiro das Galáxias! Desde então, sou fã! :D Parabéns pela resenha e pelo blog!
ResponderExcluirQue bom que gostou, Bianca!
ResponderExcluirPois é, o quarto livro tambem é bem maçante, apesar de introduzir uma personagem nova. Mas eu o considero necessário para que o quinto fosse tão bom quanto foi, enquanto o terceiro não teve um propósito muito claro para estar na série...
Mais uma vez, obrigado e grande abraço!
Gostei bastante da resenha! Comprei a coleção pela internet e ainda estou esperando chegar,tô ansiosa para começar a ler =)
ResponderExcluirbussoladeprata.blogspot.com
Olá, Arthur Dent! Não, péra... Olá, Arthur!
ResponderExcluirGostei tanto de sua resenha quanto dos livros.
Eu "engasguei" no terceiro, mas não foi tão dificil a ponto de eu querer desistir. O quinto me decepcionou um pouco, pelo menos no começo.
Mas a saga é realmente incrível!
=D
http://osdragoesdefogo.blogspot.com/
Matheus, Zaphod e Marvin também são os meus personagens favoritos.
ResponderExcluirNa verdade, cada livro tem uma história fechada, mas é sempre um pouco complicado identificá-la, já que a qualquer momento pode acontecer um imprevisto que faz o enredo mudar de rumo. No início isso incomoda um pouco, mas no final você já está tão acostumado que aceita numa boa as diferentes dimensões trabalhadas no último livro...
Depois me diga o que achou da série completa!
Karol, obrigado e boa leitura!
Kaio, pois é, eu também não cheguei a pensar em desistir no terceiro, na verdade o li mais rápido, pra terminar logo. xD
Fiquei decepcionado com o final do quarto livro, não com o início do quinto. Achei audacioso mudar tanto a história tão perto do final... Que bom que deu certo.
Grande abraço aos três!
Oi Arthur!
ResponderExcluirO Guia do Mochileiro das Galáxias é realmente incrível!!! Fui apresentada a essa coleção por um amigo que se divertia criando poesias Vogon, rsrs, mas faz um bom tempo que eu li, mas já está na minha lista de releituras!
A ironia com que o Adams trata a humanidade é incrível, ele realmente foi genial nas críticas sarcásticas. É leitura indispensável!
Adorei seu blog!
Abraços!
Fran
http://corujadequinta.blogspot.com.br
Caraca!! Ele se divertia criando poesia Vogon?! Deve ser o tipo de cara que idolatra Olavo Bilac e todo o parnasianismo... É até dificil de imaginar alguém escrevendo versos pomposos e complexos como diversão. Mas, sei lá, existe doido pra tudo.
ResponderExcluirObrigado por gostar do blog. Logo mais visitarei o seu também. (:
Grande abraço!
Ai, Arthur, parabéns por ter lido a saga completa! Li somente o 1º vol...agora é coragem pra ler os demais! Abraço!
ResponderExcluirhttp://caixinahdadea.blogspot.com.br
Oi Arthur!! Eu não li nenhum dos livros dessa saga :( mas pretendo ler em breve
ResponderExcluirParabéns pela resenha!!
Beijos
http://livroscomchadastres.blogspot.com.br/
Obrigado pelos comentários, Andrea e Letícia!
ResponderExcluirDesejo às duas uma ótima leitura.
Grande abraço!
Esse livro é sensacional, adoro as críticas e o humor contido nele.
ResponderExcluirhttp://codinomelizz.blogspot.com.br/
Com certeza, Carla! (:
ResponderExcluirObrigado pelo comentário e grande abraço!
Então... Sua resenha me deixou ainda mais tensa... Porque já tentei ler o livro duas vezes e não passei nem das primeiras 30 páginas! Não sei se foi a edição que peguei, que tem páginas muito ruins, com letras minúsculas e emboladas.
ResponderExcluirSó que todo mundo que leu me olha torto quando digo isso XD
Começo a pensar que preciso de outra edição e esforço hauhauahuaha
A Rainha, Ana P. Maia ♛ - Venha conhecer o Castelo!
http://booksandcrowns.blogspot.com.br/
Eu li apenas o primeiro por enquanto, mas acho esse livro simplesmente genial. É pura ironia e sarcasmo e eu adoro esse tipo de humor. E é escrito de forma tão simples e direta, mas com tanta profundidade. A cena que mais me marcou do primeiro livro é a da baleia caindo e durante a queda se fazendo milhares de perguntas e criando conceitos até morrer.
ResponderExcluirEstou doida pra ler o resto da série (:
http://sobrelivroseletras.blogspot.com.br/
Então, Ana, não sei qual é essa edição que você pegou, mas a que eu tenho é a econômica (R$ 29,90 no submarino) e não tive problemas, até porque já estou acostumado com livros de bolso, que costumam ter letra menor mesmo... Mas é isso aí, você vai precisar de esforço mesmo; o que eu posso fazer é lhe garantir que, ao final da leitura, o que você vai ter é a consciência de que leu uma das melhores séries da sua vida e que todo o esforço valeu a pena por isso.
ResponderExcluirAline, li o primeiro por volta de 2010, em PDF, e também achei genial o humor sarcástico de Adams. Reli o primeiro, para dar início à leitura da série, e realmente, a cena da baleia é uma das melhores, mas não sei se você se lembra, essa baleia surgiu junto com um vaso de petúnias (que antes, improvavelmente, eram dois mísseis). O autor depois, lá pelo terceiro livro, retoma essa parte da história e revela que o vaso de petúnias também tem uma história tão genial quanto a da baleia.
Obrigado às duas pelos comentários, leiam os livros e não desistam quando chegarem no terceiro. O quinto compensa, e muito!
Grande abraço!
Eu adoro esse livro, morro de ri com várias cenas!!
ResponderExcluirAdorei a resenha!
Parabéns!
Beijos
diariodeumalivromaniaca.blogspot.com.br
Obrigado, Ana Carolina.
ResponderExcluirO livro é realmente incrível.
Grande abraço!