Estacionei
a caminhonete em frente à porta dela. Desci, dei os costumeiros
quatro passos e meio até a porta e bati três vezes. Ela veio me
atender ainda de pijama, exatamente como eu esperava: cabelo
bagunçado, camiseta branca larga, short e pantufas.
– O
que faz aqui tão cedo? Você me acordou, sabia? – Disse ela com um
bafo de derreter ferro, quebrando todo o encanto do momento.
– Sabia!
– E dei um sorriso largo – Mas como hoje é o primeiro dia de
férias, achei que você já esperasse.
– Esperasse
pelo quê, Rodrigo?
– Por
toda a discussão sobre o itinerário de viagem, ué. – Entrei sem
pedir licença, eu praticamente moro ali.
– Itinerário?
Não sabia nem que íamos viajar, quando vamos ir e... – Ela
bocejou antes de terminar – …E quando vamos planejar todo o
itinerário?
– Vamos
planejá-lo agora. E vamos viajar agora. Planejamos no caminho, só
me adiante se prefere virar a primeira rua à direita ou à esquerda.
– Você
tem um parafuso a menos né, Rodrigo. Viajar agora? Assim?
– Gasolina
por minha conta.
– Certo...
E a Milena, o Pedro e a Raquel, também vão?
– Sim.
Quer dizer, ainda não confirmaram. Quer dizer, ainda não sabem de
nada... Mas a gente passa lá e pega eles.
– Pra
você é tudo muito fácil né? – E ela entrou para o banheiro.
– Para
todo mundo é, Sofia!
Após
alguns minutos corridos, Sofia arrumou duas malas de roupas, uma
frasqueira e sua bolsa. Enquanto isso eu assistia TV.
– Acho
que peguei tudo, isso cabe na caminhonete, né?
– Sim,
sim... Fechou a casa?
– Fechei,
tudo certo. Vamos nessa!
Sorri
e ela retribuiu o sorriso com satisfação.
Coloquei
suas malas no carro enquanto me perguntava pra que ela precisaria de
tanta roupa, afinal eu só estava levando uma sacola e meu violão.
Entramos
no carro, o perfume de Sofia expulsou o cheiro de cerveja do
interior, dei a partida, nosso mundo começou a tremer dentro do
carro.
– Você
devia regular o tremelique desse carro. – Não resisti e dei uma
risadinha.
– Vou
anotar isso, “regular o tremelique”, obrigado por usar termos
técnicos.
– Disponha.
Soltei
o freio de mão e acelerei, e não parei de acelerar.
O
céu estava claro, o sol brilhando, as pessoas caminhando. O que para
alguns parecia um dia comum, para mim era um pedido de viagem. E na
primeira encruzilhada do caminho Sofia fez questão de responder
baixinho:
– Direita.
Autoria: Arthur Dias
***
Nota 1: Quem quiser pegar o texto para uso geral, sinta-se à vontade; apenas me comunique antes e credite ao autor (Arthur Dias) e ao blog (DiscoDiVinil).
Nota 2: Finjam todos que são grandes críticos de literatura e tentem me orientar: critiquem, sugiram mudanças, apontem meus erros e comentem o que acharam do texto.
Não sei se pude compreender a mensagem que você quis passar, mas gostei da tua forma de escrever. Esse conto faz parte de um alguma narrativa ou é independente? Obrigado por me convidar para analisar, mas creio que eu não seja capacitada o suficiente para opinar ou criticar.
ResponderExcluirLerei outros contos teus, e vou acompanhar as histórias que tu escreve.
Abraços,
Gaby
É um conto independente mesmo, e eu não quis passar alguma mensagem motivacional nem qualquer coisa do tipo. O escrevi porque algumas pessoas criam milhões de barreiras pra alcançar alguma coisa que almejam (eu mesmo sou uma delas), e não param pra pensar que pouco dinheiro ou falta de tempo não tornam esses sonhos impossíveis; apenas com dinheiro para a gasolina e os amigos por perto se pode criar momentos fantásticos que serão lembrados por toda a vida.
ResponderExcluirComo dito, não tive a intenção de passar uma mensagem, mas se alguém se sentiu incentivado a criar tais momentos, não desista. Eu não vou desistir dos meus.
Obrigado pelo comentário e grande abraço!
Agora eu entendi, veja, você passou sim uma mensagem motivacional, percebe? :)
ResponderExcluirAbraços,
Gaby
O conto está legal, e enquanto eu lia, fiquei com uma grande vontade de não parar de ler. O legal é que os personagens vão viajar sem rumo, sem destino, não criar barreiras no caminho. Adorei! Continue escrevendo, Arthur.
ResponderExcluirMuito obrigado, Samuca!
ResponderExcluirFico extremamente agradecido por receber esses elogios do melhor crítico literário do blog, haha.
Grande abraço!
Olá Arthur (xará), gostei muito do conto, traz uma mensagem bem legal (ainda que este não tenha sido seu propósito ao escrevê-lo).
ResponderExcluirDeveria investir mais, escrevendo esses contos...
Adorei!
Arthur Porto
http://livrolatraapaixonado.blogspot.com.br/
Obrigado, xará! haha
ResponderExcluirEstou tentando postar um conto por semana e, por enquanto, vem dando certo.
Talvez eu faça uma compilação dos melhores e publique um livro, mas nada ainda para esse ano de 2014. Esperarei um pouco mais até conseguir reunir mais contos bacanas e tempo para todo o trabalho de publicação...
Enfim, mais uma vez obrigado e até mais!
Vou ser sincero... (você pediu para fingirmos e eu levei a sério: sou um crítico).
ResponderExcluirEstá bem escrito, isso é fato. Consigo entender a situação ao redor, ótimo. Eu entendi a mensagem que você quis transmitir, porém ela simplesmente foi passada. O que eu quero dizer com isso é que faltou um "OH",uma emoção, um "UP"... A história não cresceu em nenhum momento, não passou por nenhum auge e simplesmente aconteceu, com a moral lá no fundo sem se manifestar. Veja se me entende:
1º - Ela morreu! - Mensagem passada: Uma mulher morreu.
2º - Ela morreu. Levou cinco facadas, dadas por aquele que antes sussurrava palavras de amor em seu ouvido. - Mensagem passada: Uma mulher morreu por amar demais um cara que a matou, talvez por ciúmes. "Ual".
O primeiro exemplo foi o do seu conto, percebe a diferença?
Não sei se você entendeu, mas é isso. Não leve a mau é só minha opinião. Continue fazendo o que gosta. Se puder ler um dos meus contos e deixar sua opinião agradeço.
http://criticandonamadruga.blogspot.com.br/ - Está no marcador Textos.
Abraço e sucesso!
Primeiramente, obrigado por se converter em um crítico por alguns minutos. Concordo com o que disse, e foram mesmo pontos que passaram despercebidos por mim enquanto escrevia o conto.
ResponderExcluirUma cisma que eu tenho é de sempre tentar deixar um conto o mais curto possível, para tanto eu tento utilizar de estruturas simples mas que já trazem um significado interno, psicológico aos personagens, como em "dei os costumeiros quatro passos e meio até a porta e bati três vezes."
Minha intenção com essa mania é de tornar o conto pequeno o suficiente para ser lido por qualquer pessoa (com os mais diversos hábitos literários) em qualquer momento de seu dia (mesmo quando está faltando apenas alguns minutos pra terminar seu horário de almoço), eu sei que isso é desnecessário, mas sou mesmo complexado.
Como você disse, uma consequência dessa minha mania foi não ter aprofundado a estória a ponto de fazê-la ter momentos de auge, e eu concordo mesmo contigo, tanto nesse aspecto quanto no de evidenciar mais a moral que quero passar (mesmo não sendo essa minha finalidade primária).
Pretendo aplicar seus conselhos e melhorar os textos que escrever daqui pra frente, mesmo que fiquem com uma quantidade maior de linhas.
Quanto a seus textos, li o "Ciranda, cirandinha" e nele identifiquei alguns dos pontos que você abordou na sua crítica. Acabou me ajudando também, meio que exemplificou o que você disse. Aliás, você também escreve muito bem e eu pretendo acompanhar.
Muito obrigado pela crítica e grande abraço.
Realmente é bom escrever um conto que seja curto e objetivo, mas eu particularmente tenho dificuldade em escrever pequenos contos, pois quero criar toda uma expectativa (ainda que as vezes eu faça isso errado kkkkk) e um climax no fim. Isso acaba alongando o texto. Para postar no blog não é muito bom contos longos, mas vou tentar fazer alguns curtinhos também kkkkk.
ResponderExcluirEstou aguardando o próximo.
Obrigado!
Com certeza criar uma expectativa e um clímax são aspectos importantes a se considerar ao escrever qualquer tipo de texto, mas como você disse, contos direcionados a blogs não precisam ter muitas linhas (acho que o perfeito mesmo seria um elo perdido entre o tamanho dos meus contos e dos seus, haha). Outro ponto positivo de contos-não-tão-longos é que o número de comentários cresce à medida que o conto diminui, e eu, particularmente, prezo muito os comentários que vou receber, afinal são eles que me direcionam e me alertam quanto a erros e pontos a serem melhorados.
ResponderExcluirDe qualquer forma, estou quase escrevendo mais um conto considerando o tamanho desses comentários, haha; portanto, mais uma vez obrigado pela análise e também espero os seus próximos textos.
Até mais.
Olá, Arthur!
ResponderExcluirQue bom que me convidou para ler seu conto. Por mais que adore longas estórias, tenho um feitiche pelas curtas. Costumo escrever curtas, porque não consigo ter muitas ideias.
Em relação à sua, eu gostei. Gostei de você usar o tema "ir aonde a vida me levar". É algo que, no fundo, todos queremos fazer um dia: apenas pegar o carro, uns amigos, quase nenhuma bagagem e ir... apenas ir.
Não segui o que você disse em "Finjam todos que são grandes críticos de literatura ", pois acredito que criticar como leitora tenha maior significado.
Seu conto é simples, sem detalhes das personagens e da cena. Isso combinou com o enredo. Por isso acredito que não precise de mudança alguma.
Abraços e boa sorte,
Júlia Hipólito.
Muito obrigado pelo comentário e por sua opinião, Júlia!
ResponderExcluirEste também é um dos fatores que me influenciam a escrever contos mais curtos: A falta de ideias. Geralmente começo o conto já imaginando o desenrolar e até o final, mas tento escrever tudo com o mínimo de conectores possíveis, para que o conto não chegue a ficar chato.
Quanto à simplicidade do conto, é um aspecto que tento utilizar em quase todos os textos que escrevo, pois o torna impessoal e atemporal, possibilitando que mais pessoas se identifiquem com ele.
Mais uma vez, agradeço seu comentário, e até mais!
Não aguento seus contos Arthur! Sempre um melhor que o outro haha'
ResponderExcluirGostei bastante deste! É tão simples e divertido ao mesmo tempo. Terminei de ler e sorri. O interessante nos seus contos, é a maneira que você escreve. Aborda assuntos tão rotineiros e os transforma em algo mágico, de certa forma. Cada conto teu ganha vida depois que você escreve. É simplesmente impossível não gostar!
Continue escrevendo! Adoro ler seus contos, faz bem para a alma.
Beijoos!
Camila Solli
http://quantaaudacia.blogspot.com.br/
Nossa, muito obrigado mesmo, Camila.
ResponderExcluirAcho que vou imprimir esse comentário e colar no teto do meu quarto, pra olhar sempre que acordar, haha.
Acredite, é muito importante mesmo pra mim esses comentários positivos, me incentivam a continuar escrevendo. Mais uma vez obrigado.
Grande abraço!
Olá Arthur!
ResponderExcluirPrimeiramente, parabéns. Você escreve maravilhosamente bem.
Eu planejava apenas entrar no seu blog e segui-lo, mas ao ler a primeira frase do conto, não pude mais parar.
Eu juro que comecei a ler e pensei: "Será que ele já escreveu algum livro? Porque se sim, estou disposta a comprá-lo".
O tema escolhido também me agradou muito. A ideia de simplesmente entrar num carro e sair viajando é algo que desejo loucamente fazer. Quando for possível, eu o farei.
O humor brincalhão de seus personagens foi outra coisa que apreciei, fez com que eu me sentisse feliz. Passa a ideia de uma amizade que invejo e desejo.
Segui o blog, o twitter e curti a página do facebook: Vou acompanhar seu blog e aguardar seus contos.
E isso porque só vim pra seguir em retribuição! Hehehe =)
Alice.
Hahaha, muito obrigado, Alice!
ResponderExcluirInfelizmente ainda não tenho nenhum livro publicado, mas tenho planos de publicar alguns algum dia. Fico feliz que esteja disposta a comprá-los. xD
Também tenho essa pretensão de viajar sem rumo e acabar visitando vários lugares diferentes e surpreendentes. Com certeza vou realizar isso um dia.
Fico muito agradecido que tenha gostado do blog e do conto.
Grande abraço!
Amigo parabéns, eu sou péssimo para avaliar essas coisas, você escreve muito bem.
ResponderExcluirhttp://escritorpaulo.blogspot.com.br/
Hahaha, já tá valendo! Muito obrigado!
ResponderExcluirGrande abraço.
O conto tah muuit bom...
ResponderExcluirA cada conto vc tah evoluindo...e isso é ótimo!
Parabéns!
Muito obrigado, Pan!
ResponderExcluirAbraços.
Gostei do conto, da mensagem que você passou e do jeito que escreve. Continue escrevendo. Parabéns. Obrigada por me chamar para ler o conto.
ResponderExcluirMuito obrigado por ter gostado do conto, Dani.
ResponderExcluirTambém li o texto que você publicou em seu blog e gostei muito.
Grande abraço!
O que falar à respeito? Seus textos fluem! Não são travados, chatos, pesados nenhum adjetivo assim. Esse em especial lindo, leve... É um conto independente certo? Bom, eu sempre quis fazer viagens assim, sem programação, sem destino, só uma sacola e um violão e um amigo com um humor e coragem contagiantes! Me vi transcrita em linhas.
ResponderExcluirAdorei esse de verdade!
parabéns.
Que bom que se identificou com o conto, Gabi. :]
ResponderExcluirCerto. Mais um conto independente. Pretendo não dar uma continuação a nenhum deles por enquanto (tenho medo de estragá-los), mas num futuro próximo posso até fazer uma enquete pra ver que conto o pessoal quer mais ler uma continuação...
Esse conto acabou mostrando para mim, por meio dos comentários, que tem muita gente com aspirações semelhantes às minhas, de viajar sem rumo, com pouca bagagem e tendo somente amigos por perto. Espero que realize essa sua aspiração, assim como também desejo que eu consiga realizar a minha.
Abraços!
Oi Arthur! Como sempre, adorei o seu conto. Você tem uma escrita que é maravilhosa de acompanhar. Gostei muito da sua ideia pra esse e fiquei com muita vontade de saber o resto da história, acho que a viagem em si daria um bom livro, hehe. Continue assim!
ResponderExcluirBeijos.
http://livroscomchadastres.blogspot.com.br
Muito obrigado, Gabi!
ResponderExcluirQuem sabe um dia eu pegue um dos contos e o estique pra que ele componha um livro inteiro? A possibilidade existe.
Grande abraço!
Nossa você está de parabéns! adorei o conto fico curiosa para saber a continuação, você escreve muito bem!Parabéns!!!
ResponderExcluirhttp://conversas-comsorrisosecafes.blogspot.com.br/
Obrigado, mas a continuação eu deixo para que você mesma imagine. :]
ResponderExcluirEsse é um conto isolado, mas toda semana sai contos novos com temáticas diferentes. Espero que continue gostando.
Abraços!
Oi Arthur!
ResponderExcluirMais um conto bom. Mostra a simplicidade de querer algo, ir atrás e realizar, simples. Porque eu não sou assim também? rs
Não pude deixar de rir com "Disse ela com um bafo de derreter ferro, quebrando todo o encanto do momento." hahaha.
Espero mais contos!
Beijos.
Li
literalizandosonhos.blogspot.com.br
Obrigado, Aline!
ResponderExcluirVocê não é a única a querer ser assim, haha.
Abraços.
Tipo: AMEI! Está melhor que aquele primeiro que eu tinha visto. A única coisa que não gostei muito é que essa situação de viajar assim de última hora é meio improvável nos dias de hoje, que todo mundo fica numa correria e tal. Mas pensando bem, contos, livros e afins são pra isso mesmo, né? Fazer a gente viajar e imaginar coisas inimagináveis.
ResponderExcluirP.S.: Amo esse nome: Sofia.
Beijos,
Letícia
http://www.odomdaescrita.com.br/
Obrigado por gostar do conto (e do nome escolhido para a personagem, haha).
ResponderExcluirRealmente, trabalho, faculdade, cursos... Parece quase impossível jogar tudo pro ar e ir viajar do nada, mas isso é um desejo de tanta gente que só de ler um conto a respeito já nos sentimos parcialmente realizados.
Você não citou, mas se permitir, gostaria de apenas completar o que disse: Livros e contos podem nos fazer imaginar coisas inimagináveis, mas também podem nos motivar a transformar essas coisas em realidade. Como no conto, escolhendo uma hora mais favorável (como foi com os personagens, que estavam de férias) podemos criar momentos fantásticos que farão valer um ano todo de estresse.
Grande abraço.
Olá, Arthur. Cá estou eu a comentar em mais um de seus contos. Então vamos lá...
ResponderExcluirPrimeiramente, parabéns pela seu trabalho. Está muito bem escrito, porém senti falta de um clímax no conto. Não sei se foi intencional... Talvez tenha sido feito para acompanhar uma ideia de que momentos grandiosos podem ser alcançados de formas simples, como expressa a ideologia do conto.
Abraço, Miguel. Parágrafos e Capítulos.
Olá, Miguel. Obrigado pela crítica.
ResponderExcluirComo eu disse para o Ricardo, mais acima, tenho uma cisma de sempre escrever o conto o mais curto possível, pois isso acaba maximizando o número de comentários e análises. Devido a essa cisma o clímax do texto me passou despercebido, acabei não o colocando acidentalmente mesmo.
A ideia que quis passar com o conto foi mesmo essa que você destacou, mas a forma como o escrevi não foi de maneira a convir com essa ideologia, pelo menos não intencionalmente. Uma característica presente em quase todos os meus contos é a valorização da simplicidade, então pode ser que a ideia simples que transmiti, aliada à simplicidade conseguida ao tentar minimizar o conto tenham feito a obra toda ficar uniforme e condizente.
De qualquer forma, esse é um momento normal e que poderia acontecer na vida de qualquer pessoa. Um clímax não é necessário em casos assim, poderia tornar o conto até mais artificial. Mas mais uma vez obrigado.
Abraços.
Particularmente eu gostei do seu conto, é bem escrito e passou uma mensagem bacana, enquanto lia me deu uma vontade de viajar por ai, sem rumo, cruzar nas primeiras esquinas ou pegar o primeiro ônibus que tiver saindo da rodoviária. Talvez eu encontre um Rodrigo da vida que se aventure comigo, não é? Quem sabe rsrs
ResponderExcluirps; seguind aqui
http://pequenamiia.blogspot.com.br/
Obrigado, Kaah.
ResponderExcluirEstou na torcida para que você encontre um Rodrigo, haha.
Também tenho essa vontade de viajar sem destino, deixar tudo para trás e esquecer delas, mesmo que apenas por um tempo.
Espero que consigamos cumprir nossas aspirações. :]
Grande abraço!
Bem legal e curtinho!
ResponderExcluirmas abre inúmeras possibilidades!
=)
xoxoxo
Pois é, Anne; pelos comentários deu pra perceber que todo mundo tem esse desejo de viajar sem rumo.
ResponderExcluirObrigado pelo comentário.
Grande abraço!
Meu caro Arthur,
ResponderExcluirVocê me pediu que eu deixasse uma crítica e vou fazê-lo, embora talvez você não vá gostar do que vou escrever desta vez. O que teve o seus contos do mosquito e da complicada simplicidade de excelentes, teve este de sofrível e fraco. Não gostei. A começar pelo fato de você cometer erros de linguagem que agridem o leitor. Nos outros dois citados acima, também existem esses erros mas, devido ao brilhantismo do texto, esses erros terminam por se tornarem meros coadjuvantes e você termina esquecendo as falhas. Mas neste isso não acontece.
Não se diz eu vou ir. Ou você vai ou vem. Vou ir é uma figura inaceitável. Refiro-me à frase "Não sabia nem que íamos viajar, quando vamos ir e... " Você deveria ter escrito "quando iremos?" Faltou também o sinal de interrogação.
Depois, é como disse o Ricardo Philip. Não tem aquele tcham neste conto. Não tem climax. É uma coisa que acontece e pronto. Acaba.
Outra coisa é na fala de Sofia. "Quer dizer, ainda não confirmaram. Quer dizer, ainda não sabem de nada... " Fica muito forçado. Ninguém diz isso repetindo! Quer dizer, quer dizer... Diz: "Quer dizer, ainda não confirmaram. Ainda não sabem de nada... " Soaria mais natural.
Bem, minha opinião é que neste conto você não se saiu muito bem. É um conto que deixa muito a desejar.
Lamento não lhe elogiar como o fiz com os outros dois contos mencionados acima mas foi você que pediu minha crítica. Nem sempre a gente acerta. Mas continue escrevendo. É uma forma de aperfeiçoar-se.
Muitíssimo obrigado pela crítica, Alberto!
ResponderExcluirComo você disse no final de sua análise, nem sempre a gente acerta, e ao invés de ficar triste por ter falhado nesse conto, fico realmente feliz por receber seus conselhos.
Para responder à sua crítica quero levantar uma antiga discussão existente entre gramáticos e linguistas: Enquanto os primeiros defendem o uso correto e formal da língua, os segundos abrem exceções para algumas variantes e informalidades, como regionalismos e fala coloquial. Essa discussão é bem mais ampla e a citei de uma forma bastante estereotipada, mas apenas para ilustrar:
Meu texto expressa a minha opinião nessa discussão: Estou mais inclinado à visão dos linguistas (não quero propor liberdade total para os escritores e nem desmanchar a norma culta, mas acredito que um "vamos ir" de vez em quando faz bem, mesmo sabendo que isso é gramaticamente incorreto).
Acho que "quando iremos?" seria formal demais para a situação de dois jovens conversando informalmente. E a falta do sinal de interrogação é parcialmente justificada pela interrupção sofrida pela fala de Sofia. (Na verdade, não sabia se eu precisaria colocar a interrogação para depois colocar as reticências que simbolizam a interrupção, portanto, se era necessário, me desculpe).
O ponto levantado pelo Ricardo Philip já foi justificado e eu realmente errei tentando encurtar o conto, como foi explicado para ele.
Essa repetição que eu usei na fala do Rodrigo também tem uma justificativa parcial: Ele estava agregando ideias a sua fala, que agregava juntamente uma decepção, observe: "Sim" (Ok, eles vão, sem problemas), mas daí ele completa com um "quer dizer, ainda não confirmaram" (Surge um problema, eles sabem sobre a viagem mas não confirmaram, o que nega a afirmação anterior), e então ele termina com um "quer dizer" (contrariando tudo o que já foi dito antes) "ainda não sabem de nada" (tornando o problema muito maior).
E por mais que "Quer dizer, ainda não confirmaram. Ainda não sabem de nada..." soe mais natural, a frase não expressaria o que eu queria passar com ela. A afobação de Rodrigo ao transmitir a mensagem para Sofia e convencê-la a ir na viagem também influenciou sua fala, afinal a resposta que ele queria dar seria simplesmente "sim", e fim de papo. Mas como isso não era verdade, ele foi explicando melhor aos pontos, com uma aproximação da verdade a cada novo "quer dizer".
Como eu disse, essas minhas justificativas são parciais, ou seja, elas não sanam o erro que cometi ao escrever o conto, mas expressam a finalidade de eu tê-lo escrito dessa forma.
Não lamente por não me elogiar dessa vez. Você me ajudou muito mais com esse comentário do que ajudaria com um "Parabéns pelo conto. Continue escrevendo." São esses comentários negativos os mais importantes, portanto obrigado e até mais.
Oi Arthur!
ResponderExcluirAchei o máximo seu conto, bem simples e, ainda assim, com charme e aventureiro. Prático e muito dinâmico, foi uma delícia ler. Fiquei curiosa sobre o que mais poderia acontecer nessa viagem, quem eram essas pessoas, qual a relação entre elas, de onde vem, para onde vão. Mas isso são apenas questões de uma mente curiosa por mais detalhes.
Mesmo assim, foi delicioso acompanhar essa pequena parte, essa introdução a uma aventura que ficará e se desenrolará na minha mente a partir do ponto em que você finalizou. Parabéns!
xx
Vê
Only The Strong Survive
Muito obrigado, Vê!
ResponderExcluirSignifica muito para mim você ter gostado dos personagens e ter criado uma curiosidade sobre suas histórias fora do retratado no conto. Isso quer dizer que, se um dia eu escrever um livro, ele não será um completo fracasso, haha.
Mais uma vez obrigado e grande abraço!
Oi Arthur!
ResponderExcluirDesculpe a demora rs tive uns probleminhas, mas enfim...
Eu adorei a forma como você conduziu o conto, gostei de como utilizou as palavras e da maneira que conseguiu prender muito a minha atenção.
Acho que você deve escrever mais, muito mais.
A magica de escrever esta exatamente ai, você conseguir prender a atenção de alguém e pelo que vi nos comentários, você prendeu a atenção de todos
Parabéns!
Me avise sobre novos contos
Beijos
Nossa Arthur que conto divertido de ser lido, amei essa parte "Disse ela com um bafo de derreter ferro, quebrando todo o encanto do momento".
ResponderExcluirParabéns pela escrita!
http://joandersonoliveira.blogspot.com.br/